Sonho, logo excito

Sonho - Quando se fala em erotismo, na maior parte dos casos fala-se sobre imaginação. Podemos falar de gestos, atitudes, formas, figuras, até sobre cores, cheiros, sons, etc, mas na verdade do que falamos é de interpretações imaginárias que fazemos de tudo isso.

Sonho, logo excito

Quando se fala em erotismo, na maior parte dos casos fala-se sobre imaginação. Podemos falar de gestos, atitudes, formas, figuras, até sobre cores, cheiros, sons, etc, mas na verdade do que falamos é de interpretações imaginárias que fazemos de tudo isso. Os mesmos elementos, interpretados pela imaginação de outra pessoa, serão sempre sentidos de forma totalmente diferente e, possivelmente, nada erótica. Assim, muitas das noções de erotismo, apesar de poderem ser generalizadas devido a formatações sociais e culturais a que todos somos permeáveis, residem predominantemente em construções que cada indivíduo faz na sua própria consciência. Esta noção é determinante para conseguirmos perceber que, de forma simplificada, nada ou tudo pode ser erótico se assim o quisermos ou não quisermos.

Mas, para além disso, existe um outro patamar do nosso cérebro onde nem sempre conseguimos chegar com facilidade: o subconsciente. O poder de imaginar e criar cenários eróticos à nossa vontade é, sem dúvida, uma capacidade que pode e deve ser propositadamente estimulada. Mas muitas vezes o nosso subconsciente surpreende-nos com ideias completamente despropositadas.

A origem dessas ideias é ainda o tema mais debatido na área da psicologia, já que podem ou não ter origem em experiências nos primeiros anos de vida, em impulsos hormonais que geram comportamentos compulsivos, em vontades recalcadas que se transformam em pequenas obsessões ou noutros processos mentais que podem ou não resultar de vivências ou de simples crenças. Essa bagagem do inconsciente é precisamente a fonte que alimenta a nossa criatividade.

A principal diferença é que, quando a usamos acordados define-se como imaginação e quando estamos a dormir define-se como sonho. O sonho, exatamente porque não se condiciona pela supervisão dos sentidos e do pensamento racional, tem o potencial de ser um fenómeno profundamente mais erótico do que a própria imaginação, o que pode levar inclusivamente a excitação e até orgasmos involuntários durante o sono.

Ao contrário do pensamento, condicionado pelas nossas próprias regras e constrangimentos, o sonho é uma folha em branco onde literalmente tudo pode acontecer. E é nessa folha que nos podemos deleitar, numa espécie de meditação espontânea, de inspiração e de aprendizagem. Os sonhos nunca devem ser levados à letra nem interpretados pela lógica. Os sonhos fornecem-nos apenas pistas que nos vão dando informações sobre o nosso inconsciente e, nesse sentido, merecem a nossa atenção, para que, mais do que filmes que vemos ou histórias que lemos, nos inspirarmos na vida e na criatividade que existe dentro de nós.

Rui Simas

Erotic coach

www.simas-eros.com

 

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