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A coleira

A mulher sorriu finalmente com a boca toda. "Pode dar-me, por favor?", perguntou-lhe. Novo arrepio. O segundo "sim..." quase não se ouviu. Abriu mais a porta, e andou para a frente e para trás várias vezes sem saber se convidava a mulher para entrar ou deixava à porta.

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Exposto

Subitamente a sala encheu-se de gemidos de prazer cada vez mais fortes. A multidão fundiu-se numa verdadeira orgia. Pessoas e objetos eram agarrados, lambidos, inseridos e penetrados da mesma forma. Ele estava extasiado. Aquele cenário dantesco tinha sido causado pelas suas obras e pelas suas palavras. Era aquele o mundo com que ele convivia diariamente, apenas na sua cabeça, isolado numa aldeia longe de tudo e de todos.

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ELA III

Ela tinha aprendido, por inspiração divina ou por outra razão qualquer, como ser o que queria e nada se colocaria no seu caminho. Foram os homens da sua vida que tiveram de acelerar o passo. Converteu um pai de luto num avô dinâmico e carinhoso. Transformou um marido preguiçoso e egocêntrico num homem ambicioso e respeitável. E dedicou-se a criar o seu filho para o tornar num rapaz responsável e atencioso.

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O poder do pudor

No geral, a forma como as pessoas vivem a sexualidade é composta sobretudo por duas características principais: uma é o ato de dar e a outra é o ato de receber. Ambas são ações e, portanto, não se trata de se falar em sujeitos passivos e ativos, mas sim em posturas de entrega e aceitação. E esta diferença faz toda a diferença.

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Sonho, logo excito

Quando se fala em erotismo, na maior parte dos casos fala-se sobre imaginação. Podemos falar de gestos, atitudes, formas, figuras, até sobre cores, cheiros, sons, etc, mas na verdade do que falamos é de interpretações imaginárias que fazemos de tudo isso.

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ELE II

O fim de semana era mais um dia, e às cinco da manhã de um domingo, o seu telefone tocou de um número privado. Uma voz feminina, tão mecânica como a dele, quis saber quando poderiam marcar uma reunião para tratar de negócios pendentes. Ele consultou a sua agenda e disse "12 minutos." A mulher desligou. Num movimento, ele pegou no casaco e correu para a porta. 12 minutos até ao encontro. Desceu para a garagem, tirou o carro do lugar e entrou na cidade.

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ELA II

Tudo o que ela queria era ser amada. Alguém que a amasse como pensava que merecia. Como pensava que qualquer pessoa merecia. Ela até achava que já tinha conhecido o amor da sua vida, mas perdera-o por terem diferentes visões do que o amor deveria ser. Foi-lhe ensinado que uma relação amorosa era para ser somente entre duas pessoas, até que a morte (ou a traição) as separasse

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Sexo, pornografia e erotismo

À vista desarmada, sexo, pornografia e erotismo parecem ser a mesma coisa. Se não quisermos pensar muito sobre isso, até podem mesmo ser, nada contra. Mas se quisermos ir um pouco mais além do mero pragmatismo semântico, chegamos a um entendimento um pouco mais profundo das diferenças entre estas designações, o que, a meu ver, ajuda também a compreender um pouco mais sobre a sexualidade humana.

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ELE I

Ele procurava algo que valesse realmente a pena, que pusesse à prova a sua resistência física e mental, que o desafiasse em todos os seus mais profundos medos e que o fizesse sentir como um verdadeiro soldado, validado, valioso, condecorado pela sua coragem, valentia e competência. Mas nunca o sentiu em todas as lutas onde andou. Até que um dia, ao virar de uma esquina, lhe caiu uma bomba em cima.

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A não-monogamia

Temos tendência para achar que algo não está muito certo quando uma coisa se define apenas por oposição a outra coisa. No caso das não-monogamias, o debate tem assumido cada vez mais um teor político, contra a ideia de monogamia como sistema social imposto por entidades diversas e que nada tem a ver com a "natureza humana".

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O saber do prazer

Aprender sobre o prazer sexual é como aprender sobre a vida: podemos adquirir todo o conhecimento teórico mas nada sabemos até o experienciarmos empiricamente.

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Porquê o Erotismo?

Na verdade não existe uma necessidade para o erotismo. Apesar de nos glorificarmos como a única espécie animal com consciência erótica (o que não é de todo verdade, mas já lá chegaremos), a utilidade do erotismo não é fundamental para a nossa sobrevivência.

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